sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Natalidade e Mortalidade

Natalidade e Mortalidade
O crescimento populacional é determinado, de uma maneira geral, por índices que representam taxas de natalidade e mortalidade. Por sua vez, as taxas de mortalidade são determinadas por diversas condições, como aspectos relacionados à infra-estrutura (condições sanitárias, serviços médicos etc.), condições nutricionais, etc. Já as taxas de natalidade envolvem aspectos como o nível sócio-cultural, taxa de contracepção e também qualidade nutricional. Há uma tendência mundial de redução das taxas de mortalidade, dados os avanços nas áreas de medicina. As taxas de natalidade dos países desenvolvidos tendem à queda, enquanto os índices de mortalidade permanecem estáticos, com maior longevidade em geral. Já nos países em desenvolvimento, a tendência de aumento de ambos os índices talvez continuará predominante até o próximo século. O índice de longevidade nestes países é acentuadamente menor em relação aos países desenvolvidos. Algumas camadas de extrato social mais inferior, nos países em desenvolvimento, constituindo a maioria entre suas populações , recebem influxos significantemente menores dos avanços mundiais nas áreas de nutrição e saúde.

Ter filhos hoje;uma nova realidade




Por que a natalidade está caindo? e apesar do elevado número de nascimentos havia paralelamente um grande índice d


O Brasil ocupa, na atualidade, o quinto lugar em número de população, ficando atrás somente da China, Índia, Estados Unidos e Indonésia.
O número de habitantes do Brasil é resultado de um acelerado processo de crescimento natural ou vegetativo que ocorreu a partir do século XIX e foi incrementado no transcorrer do século XX, resultado dos elevados índices de natalidade e da imigração que ocorreu no país.

O crescimento natural ou vegetativo de um país é calculado da seguinte forma: obtém-se o número de nascimentos e dele subtrai o número de mortos, ou seja, se uma cidade teve 400 nascimentos e 250 falecimentos houve crescimento, pois o primeiro superou o segundo.

Sem dúvida, o período que houve maior crescimento populacional no Brasil foi no decorrer do século XX, no início desse as condições médico-sanitárias eram precárias e falecimentos. As pessoas morriam por problemas relativamente fáceis de serem solucionados, mas esbarravam na falta de informação e de serviços médicos para o tratamento de tais doenças, muitas vezes as pessoas perdiam suas vidas sem saber que eram, por exemplo, diabéticas e que poderiam ter a vida prolongada caso fosse tratadas.

Esse contexto começou a se alterar a partir dos anos 40, que foi um momento marcado pelo surgimento de diversas vacinas e técnicas de tratamento de doenças, além disso, as pessoas tiveram maior acesso aos serviços sanitários e médicos, sendo assim, ocorreu uma melhoria na qualidade de vida das pessoas. Com a implantação de tais medidas, os índices de mortalidade diminuíram enquanto que as taxas de natalidade se elevaram, diante desses dois fatores houve um crescimento acelerado da população no país.

Se comparadas aos países industrializados, as taxas de natalidade brasileiras permanecem altas, entretanto, houve uma diminuição desse crescimento, principalmente nas últimas décadas. Essa alteração populacional foi proveniente do processo de urbanização que se desenvolveu durante os anos 40, no ano de 1970 a população urbana era maior que a rural, fato até então nunca detectado no país.

Com a nova realidade urbana da população, algumas mudanças de ordem social, econômica e cultural aconteceram, essas resultaram na queda do número de filhos por família. Além desses, outros fatores também contribuíram para a queda do crescimento populacional do país, entre eles estão:

• Redução do trabalho familiar: essa era uma prática comum no meio rural, consistia em ter muitos filhos para exercer atividades nas propriedades rurais, assim a família não precisava pagar um trabalhador assalariado. Com a urbanização essa característica foi sendo substituída, pois a vida nas cidades exigia maiores gastos.

• Queda no número de casamento precoce: a realidade rural promovia o casamento entre pessoas muito jovens, já nos centros urbanos as pessoas contraem matrimônio com idades mais elevadas e tendem a ter poucos filhos.

• Custos com filhos: oferecer uma boa qualidade de vida e educação a um filho no contexto urbano requer elevados gastos financeiros (educação, saúde, alimentação adequada entre outros), devido a esse fator os pais começaram a planejar mais o número de filhos a serem concebidos, adequando-o ao orçamento familiar. A vida no campo não exigia grandes gastos por não haver preocupação com educação, transporte e outros.

• A mulher profissional: quando as mulheres tinham como função somente cuidar da casa e dos filhos elas não ocupavam atividades profissionais, mas com a urbanização a mulher começou a contribuir com o mercado de trabalho. Com a ocupação remunerada, essa não encontrava tempo e nem recursos para ter muitos filhos, esses passaram para o segundo plano, uma vez que a prioridade era manter o emprego e ajudar na composição do orçamento familiar.

• Métodos anticoncepcionais: nas cidades existe maior circulação de informações, facilitada pelos meios de comunicação e pelos próprios médicos, nesse contexto surgiram procedimentos que impediam a gestação, algo que não ocorria em áreas rurais


Fecundidade

Fecundidade da mulher brasileira
(Nº médio de filhos que uma mulher teria ao final de sua idade reprodutiva)

Em 1970 a mulher brasileira tinha, em média, 5,8 filhos. Trinta anos depois, esta média era de 2,3 filhos.





Em 2000, com exceção da Região Norte, as demais Regiões apresentaram taxas de fecundidade próximas à taxa média nacional (2,3).

A Região Sudeste apresentou a menor taxa de fecundidade: 2,2 filhos por mulher.



No mundo, no final do século XX, a taxa de fecundidade era de 2,9 filhos por mulher, Nos países mais desenvolvidos esta taxa era de 1,5, e nos países menos desenvolvidos, em torno de 3,2. Compare a fecundidade no Brasil com a fecundidade em outros países da América do Sul no gráfico abaixo.




Fecundidade na adolescência
A média de idade da fecundidade da mulher brasileira diminuiu acentuadamente de 1980 para 2000 em todas as regiões.



O dados do Censo 2000 indicam uma elevação da contribuição da fecundidade das mulheres mais jovens na fecundidade total, isto é, considerado o total de filhos de todas as mulheres em idade fértil, aumentou o percentual de filhos das jovens entre 15 e 19 anos nesse total.

Esta elevação se observa principalmente no Centro-Oeste, Norte e Nordeste.



A taxa de fecundidade das mulheres com menos de 20 anos na África, América Latina, América do Norte e Ásia, é mostrada no gráfico abaixo. No Brasil, essa taxa é de 32%.



Mortalidade

Mortalidade total
(N° de pessoas que morrem por 1000 habitantes durante 1 ano)

A taxa de mortalidade total no Brasil apresentou um grande declínio de 1950 a 1970, e desde então vem caindo em pequenas proporções.



Mortalidade infantil
(Crianças menores de 1 ano de idade que morrem por 1000 nascidos vivos durante o período de 1 ano)

A taxa de mortalidade infantil durante os últimos dez anos do século XX apresentou uma tendência de queda em todas as regiões.



Observe no gráfico acima: no Brasil, em 1990, registravam-se 48 óbitos por mil nascidos vivos e, e em 2000, 29,6.

Entretanto, ainda existem grandes diferenças regionais: a taxa de mortalidade infantil da Região Nordeste, por exemplo, é cerca de duas vezes a taxa observada nas demais regiões.

Brasil no mundo: mortalidade total e infantil
Observe a mortalidade total e a mortalidade infantil por continentes:

Mortalidade total - Na África e na Europa encontra-se o maior número de mortes por mil habitantes.

Mortalidade infantil - A América Latina possui a terceira maior taxa de mortalidade infantil, ficando logo atrás da África e da Ásia. Essas taxas sobressaem ainda mais quando são comparadas com as da Europa e com as da América do Norte.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Pragas agrícolas e controle biológico

Controle biológico é um fenômeno que acontece naturalmente na natureza que consiste na regulação do número de plantas e animais por inimigos naturais. É uma estratégia que o homem há muito tempo vem utilizando, explorando inimigos naturais para o controle de patógenos, pragas e ervas daninhas - ação considerada uma arte por muitos cientistas, embora vários esforços tenham sido feitos para transferir o controle biológico para o domínio da ciência.
O termo Controle Biológico foi empregado pela primeira vez em 1919, por H.S. Smith, para designar o uso de inimigos naturais para o controle de insetos-praga. Posteriormente essa expressão foi usada para designar todas as formas de controle, alternativas aos produtos químicos, que envolvessem métodos biológicos. Assim, o Controle Biológico denominava técnicas tão diversas como o uso de variedades resistentes, rotação de culturas, antecipar ou retardar as épocas de plantio e colheita, queima de restos de culturas, destruição de ramos e frutos atacados, uso de atraentes e repelentes, de feromônios e de armadilhas.
Entretanto, esta denominação para os métodos citados não é unanimemente aceita pelos especialistas da área. Estes consideram o Controle Biológico como uma ciência que trata da ação de inimigos naturais na regulação das populações de seus hospedeiros e suas presas, sejam eles insetos pragas ou ervas daninhas.
O controle biológico é o componente fundamental do equilíbrio da Natureza, cuja essência está baseada no mecanismo da densidade recíproca, isto é, com o aumento da densidade populacional da presa, ou do hospedeiro, os predadores, ou parasitos, tendo maior quantidade de alimento disponível, também aumentam em número. Desta maneira, os inimigos naturais causam um declínio na população da praga. Posteriormente, a população do inimigo natural diminui com a queda no número de presas, ou hospedeiros, permitindo que a população da praga se recupere e volte a crescer. Neste caso, os parasitos e predadores são agentes de mortalidade dependentes da densidade populacional da praga. Por outro lado, os fatores físicos de mortalidade, como a temperatura e a umidade, podem impedir, temporariamente, o aumento no numero de indivíduos da praga, independente do tamanho da população desta. Estes são os fatores de mortalidade independentes da densidade. Portanto, é possível detectar o efeito da mudança de diferentes fatores ambientais, dependentes e independentes da densidade populacional, na densidade de uma população, em diferentes tipos de ambientes.
Em comparação ao controle químico o controle biológico apresenta vantagens e desvantagens. Entre as vantagens pode-se citar que é uma medida atóxica, não provoca desequilíbrio, não possui contra-indicações, propicia um controle mais extenso e é eficiente quando não existe maneira de se utilizar o controle químico. Em compensação requer mais tecnologia, possui um efeito mais lento, não é de tão fácil aquisição, nem sempre pode ser aplicado em qualquer época do ano e, geralmente, é mais caro.
Para alcançar resultados, todo programa de controle biológico deve começar com o reconhecimento dos inimigos naturais da "praga-chave da cultura" (principal organismo que causa danos econômicos à lavouras). Uma vez identificada a espécie e o comportamento da "praga" em questão, o principal desafio dos centros de pesquisa diz respeito a reprodução desse inimigo natural em grandes quantidades e com custos reduzidos.
Dentro do controle biológico podemos constatar duas fases distintas: o controle biológico sem a interferência (ou seja, na forma como é encontrado na natureza) e aquele que é feito mediante introdução, manipulação e aplicação de organismos capazes de agir de forma contrária a pragas.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Como se formam os solos

regioes-oceanicasSolo é a camada superficial da crosta terrestre resultante da ação do intemperismo, ou seja, o solo nada mais é que a rocha decomposta e bem triturada.
O intemperismo, por sua vez, é a ação dos agentes físicos, químicos e biológicos sobre as rochas, ocasionando sua desintegração e decomposição.

Na formação do solo podemos considerar duas etapas

a) a desintegração e a decomposição das rochas, originando os componentes minerais;
b) A incorporação e a decomposição de orgasmos animais e vegetais dando origem aos componentes orgânicos (húmus).
Vários são os fatores que atuam na formação do solo: temperatura, vento, águas correntes, tipo de topo grafa, chuva, cobertura vegetal, tipo de macha matriz etc. Em função da ação conjugada e da inter-relação desses diversos fatores originam-se os diversos tipos de solos.
 Perfil do solo